sexta-feira, 12 de abril de 2013

Miguel Arcanjo Terra...contou e amocionou...Recordacões do Professor João Pedro Mendonça


A NOBREZA DOS GRANDES HOMENS ESTÁ NO CORAÇÃO
Eu era meio caipira, meio bocó, recém-chegado de São Miguel Arcanjo, ainda com jeito de falar de Moda de Viola, onde o R era mais largo e acentuado que o R da capital e, às vezes, ainda tomava o lugar do L: capitár, carnavár, principár.
Riam de mim e eu nem desconfiava que era de mim nem por quê.
Eu me escondia no fundo da classe no curso de admissão ao ginásio ministrado no Arnaldo Barreto. A aula de que mais gostava era de Português, com o professor João Pedro Mendonça. Era também a que mais temia: o professor João Pedro tinha a rara autoridade de quem não a exibe. E essa é a maior das autoridades.
Todo o ar da Serra eu perdi quando ele me chamou para ler na frente da classe a redação passada em aula: O que você pretende ser na vida?
Comecei a ler entre risos e cochichos, mas prevaleceu a autoridade silenciosa do professor João Pedro. Sem mais um pio, li até este último parágrafo: Quero ser professor. Talvez seja lembrado por alguns alunos. Mas, com certeza serei esquecido para sempre por quase todos.
Com lágrimas nos olhos, o professor João Pedro me oferecia ali uma bolsa de estudos no Ginásio Tremembé. E eu descobria ali que toda a nobreza dos grandes homens está no coração.

A NOBREZA DOS GRANDES HOMENS ESTÁ NO CORAÇÃO
Eu era meio caipira, meio bocó, recém-chegado de São Miguel Arcanjo, ainda com jeito de falar de Moda de Viola, onde o R era mais largo e acentuado que o R da capital e, às vezes, ainda tomava o lugar do L: capitár, carnavár, principár. 
Riam de mim e eu nem desconfiava que era de mim nem por quê. 
Eu me escondia no fundo da classe no curso de admissão ao ginásio ministrado no Arnaldo Barreto. A aula de que mais gostava era de Português, com o professor João Pedro Mendonça. Era também a que mais temia: o professor João Pedro tinha a rara autoridade de quem não a exibe. E essa é a maior das autoridades.
Todo o ar da Serra eu perdi quando ele me chamou para ler na frente da classe a redação passada em aula: O que você pretende ser na vida?
Comecei a ler entre risos e cochichos, mas prevaleceu a autoridade silenciosa do professor João Pedro. Sem mais um pio, li até este último parágrafo: Quero ser professor. Talvez seja lembrado por alguns alunos. Mas, com certeza serei esquecido para sempre por quase todos.
Com lágrimas nos olhos, o professor João Pedro me oferecia ali uma bolsa de estudos no Ginásio Tremembé. E eu descobria ali que toda a nobreza dos grandes homens está no coração.

Curtir ·  ·  · há ± 1 hora
  • Regina Maura Mendonça Puxa...valeu meu dia.....eu amo suas histórias....principalmente quando se referem ao seu Professor ,meu pai João Pedro Mendonça.....ele era assim mesmo...reconhecia os brilhantes alunos num piscar de olhos......e sempre queria ajudá-los para um futuro.....um verdadeiro educador....modestia a parte..mas eu reconheço ....foi a pessoa muito generosa sempre

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